/> Ecológica de Salto: Maranhão

Maranhão

MARANHÃO
Sigla: MA
Habitante: Maranhense
Bandeira do Estado do Maranhão
Região Nordeste
O Maranhão está localizado na parte oeste da Região Nordeste. Foi uma área disputada por europeus, durante o período colonial. As marcas desse período estão em diversas construções, como as da cidade de Alcântara, tombada pelo Iphan - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Algumas das mais importantes áreas de proteção ambiental estão no Maranhão, tais como o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, com dunas de até 50 m de altura, e o delta do Parnaíba, entre Maranhão e Piauí. Na ilha do Caju, vivem espécies raras de aves, como o carcará.

A agricultura e a pecuária são atividades importantes na economia do Maranhão, além da pesca, que lhe dá a liderança na produção de pescado artesanal do país. Afinal, o estado possui 640 km de litoral, o segundo maior do Brasil, que fornece produtos bastante utilizados na culinária regional, como o camarão, caranguejo e sururu.

O Maranhão aumentou a produção de grãos, em 2000, e teve significativo crescimento industrial, de acordo com a Sudene. Apesar disso, o estado está entre os mais pobres do país. Possui renda per capita inferior à do Piauí, conforme o Ipea-Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

A população de grande parte do estado ainda sofre com problemas de saneamento básico e de desnutrição infantil. O Maranhão apresenta altos índices de desnutrição entre as crianças de 0 a 5 anos, de acordo com levantamento do Unicef (Fundo da Nações Unidas para a Infância), feito em 1999.


Fatos Históricos

O rei João III, de Portugal, criou a capitania do Maranhão em 1534, entregando-a ao tesoureiro e historiador João de Barros. A região ficou abandonada por alguns anos, devido, em parte, à falta de ajuda oficial. Essa situação despertou a cobiça de estrangeiros, especialmente os franceses, que estabeleciam contato direto e vantajoso com os índios.

Em 1612, os franceses, em expedição comandada por Daniel de la Touche, Senhor de la Ravardière, instalam a França Equinocial, e fundam São Luis, nome que homengeava o rei francês Luís XIII. Em 1615, os portugueses de Pernambuco, comandados por Jerônimo de Albuquerque, derrotam os invasores e iniciam a colonização. Em 1641, São Luís é invadida pelos holandeses, também expulsos por Portugal.

Até o início do século XVIII, o governo português impõe medidas enérgicas aos lavradores, que são obrigados a produzir somente o que a metrópole julga de interesse comercial. Depois de um período de progresso econômico, com as exportações de algodão, a economia do Maranhão entrou em declínio. O empobrecimento de parte da população e a economia estagnada geraram revoltas, como a Balaiada em 1838.

Os investimentos da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a partir dos anos 60 e 70, impulsionaram a modernização e o desenvolvimento do estado. No entanto, os grandes projetos resultaram na devastação da floresta Amazônica e em graves conflitos com os índios pela disputa de terra.

Dados Gerais

Localização: Oeste da Região Nordeste
Área: 331.918,05 km2
População:  5.651.475
Relevo: costa recortada, planície litorânea com dunas e planaltos no interior
Ponto mais elevado: Chapada das Mangabeiras (804 m)
Rios principais: Tocantins, Gurupi, Pindaré, Mearim, Parnaíba, Turiaçu, Itapecuru
Vegetação: Mata dos Cocais a Leste, mangues no litoral, floresta Amazônica a Oeste, cerrado ao Sul.
Clima: tropical
Hora local: horário de Brasília
Capital: São Luís
Habitante: são-luisense
População: 870.028
Data de fundação: 8/9/1612. São Luís foi declarada patrimônio histórico da humanidade pela Unesco, em 1997.


Maranhão

Telhados, sobrados
soçobrados sob o tempo
vigiam as horas
por vielas luminosas
janelas e azulejos,
beirais azuis que o céu beijam
calçadas e ruas tortuosas

São luis dos patrimônios
transmitida às gerações
incorporada à minha origem
ramagem de heras
nas fontes eternas,
no visgo das pedras
o risco das perdas

Baixada de terra
encerra o campo
no horizonte amplo
que se descortina,
brilhante na retina
as lamas reentrantes
reluzentes areais

Sobre rios terminais
em lençóis flutuantes
as línguas de mar
os sabores, odores
de mangues e de dunas
ruínas, escolhos
esboçados nos olhos

Meandros de história
memórias de cidades
duras realidades, as penas,
os desafios de Atenas
de ser mais
seus manguezais
seu norte, seu forte

Torre de igreja
dardeja o meio peito,
aponta o poente
nas pontes, as gentes,
e eu só rio
vertendo em galerias
o sorriso nas correntes

Maré enchente
em meus sentidos
nos braços do golfo
deságua a embarcação
extravasa a alegria
de cantar Alcântara
de amaranhão.

(Flávia Mochel)

BIOMAS MARANHENSES

SEGUINDO O NOSSO MAPA

 
Floresta Amazônica ou Equatorial:  

Localizada no noroeste do estado, possui alta pluviosidade, ou seja, chove muito. Tem uma fauna rica e com espécies endêmicas (que só acontecem naquela região).
No nosso estado podemos destacar a Reserva Biológica do Gurupi por ter uma área: 341.650ha Situada no município de Carutapera, oeste do Estado do Maranhão. A reserva foi criada como Reserva Florestal, em 1961, e abriga milhares de espécies vegetais, sendo uma das áreas com alta biodiversidade. Além disso, protege a Serra da Desordem e a Serra do Tiracambu.e encontra-se entalhada pelos vales e rios que seguem a direção noroeste (Gurupi) e nordeste (Capim e Guamá).
Na Gurupi há ocorrência de 21 espécies de aves consideradas vulneráveis e 4 spp de mamíferos ameaçados de extinção. Ex: Ararajuba (Aratinga guarouba) e Cairara caapor (Cebus kaaporii). Entretanto a ausência de demarcação e a falta fiscalização faz com que haja constante invasão por caçadores e madeireiros. Além da presença de posseiros que promovem queimadas e desmatamento.
Além da Reserva do Gurupi, podemos destacar a Floresta dos Guarás que também fica na parte amazônica do Maranhão, no litoral ocidental do Estado. Nos municípios de Mirinzal, Cururupu, Guimarães e Porto Rico do Maranhão, entre outros. Tem grande importância biológia pois além da vegetação equatorial possui alta densidade de manguezal, sendo considerada berçário de várias espécies e local de refúgio para tantas outras.


Manguezal:  

Hoje o Maranhão possui a maior mancha do Brasil, ou seja, possui a maior quantidade de manguezal.
É considerado berçário, pois diversas espécies depositam seus ovos nesta região, uma vez que a mesma é rica em nutrientes e abrigo para os pequenos animais.
É encontrado principalmente na parte Noroeste do estado, onde há uma grande quantidade de rios desembocando no mar. Essa mistura de água salgada e doce cria um ambiente chamando de estuário.
O manguezal é pouco resistente, ou seja, sofre bastante com a poluição, desmatamento etc, mas com grande resiliência, ou seja, tem alta capacidade de voltar a ser como era se a fonte causadora do problema for acabada.
A vegetação com um único estrato, de porte arbóreo, abrigando grande variedade de espécies da fauna brasileira, como tapicuru, guará, crustáceos, sapos, insetos, garça, entre outros.
O mangue garante alimento e proteção para a reprodução de inúmeras espécies marinhas e terrestres, devido ao acumulo de material orgânico e alcança seu máximo desenvolvimento em áreas onde o relevo é suave e ocorrem grandes amplitudes de maré.


Restinga:

Vegetação rasteira encontrada predominantemente na parte ocidental, nordeste, do estado.
Por ficar na praia é resistente ao excesso de sal e a ventos constantes
As restingas, formações vegetais que cobrem as areias constituem uma paisagem restrita, comparada aos manguezais.
Ocupa uma área de 216,48 Km2 (área que também inclui praias) - municípios de Guimarães, Cedral, Porto Rico, Cururupu, e Apicum-Açu, principalmente na região das ilhas, ao longo do litoral, associadas, muitas vezes, aos manguezais e às dunas.
A vegetação nessa paisagem tem porte arbustivo-arbóreo com altura em torno de 5m e as espécies que mais caracterizam o ambiente são Tucum, Guajiru, Murici e Cajueiro; no estrato herbáceo dominam Vassoura de botão, Vassoura amarela e Vassoura branca.
Dentro da restinga destacamos o O Parque Nacional dos Lençóis é um Paraíso ecológico com 155 mil hectares de dunas, rios, lagoas e manguezais.
Devido a um raro fenômeno geológico, foi formado ao longo de milhares de anos através da ação da natureza. Suas paisagens são deslumbrantes: imensidões de areias que fazem o lugar assemelhar-se a um deserto.
Na verdade chove na região, que é banhada por rios. E são as chuvas, aliás, que garantem aos Lençóis algumas das suas paisagens mais belas, pois as águas pluviais formam lagoas
Algumas delas, como a Lagoa Azul e Lagoa Bonita já são famosas pela beleza e condições de banho.


Baixada Maranhense:  

Possui uma área de 20 mil quilômetros quadrados, nos baixos cursos dos rios Mearim e Pindaré, e médios e baixos cursos dos rios Pericumã e Aurá, reunindo um dos mais belos conjuntos de lagos e lagoas naturais do Brasil. A Baixada ainda abriga o maior conjunto de bacias lacustres do Nordeste, onde se destacam os lagos Açú, Verde, Formoso, Carnaúba e Jatobá.
É uma área de Proteção Ambiental pelo governo do Estado, em 1991, pela sua importância ecologica e econômica. Possui extensos manguezais , campos inundados e matas de galeria, uma rica fauna e flora, com destaque para aves aquáticas (migratórias) e animais ameaçados de extinção como o peixe-boi marinho.
Região ecológica de distinta importância no Estado e no Nordeste pelo potencial hídrico. No verão, somente no Lago Açú, são pescados até 15 t de peixes por dia e no Lago de Viana a produção anual chega a 1000t.
Entretanto, desmatamentos e queimadas vem pondo em risco esse bioma.
Também é conhecida como Pantanal Maranhense.


Cerrado:  

O Cerrado, representa mais da metade de todos os biomas existentes no Estado (Sematur, 1991) -33 municípios, 23 possuem a quase totalidade de suas áreas cobertas por este tipo de vegetação- e cobre 25% do território nacional e 60% do estado do MA.
Estimativas apontam mais de 6000 espécies de árvores e 800 espécies de aves, além de grande variedade de peixes e outras formas de vida. Calcula-se que mais de 40% das espécies de plantas lenhosas e 50% das espécies de abelhas sejam endêmicas, isto é, só ocorrem nas savanas brasileiras. Devido excepcional riqueza biológica, o Cerrado, ao lado da Mata Atlântica, é considerado um dos “hotspots” mundiais, uma determinada área de relevância ecológica por possuir vegetação diferenciada da restante e, consequentemente, abrigar espécies endémicas.
Por ser o Maranhão um Estado de transição geográfica, pode-se considerar que muitas áreas estão servindo de corredores ecológicos no processo de distribuição das espécies.
Cerrado do meio-norte (Piauí e Maranhão) é semelhante ao do Brasil central no que tange as características fisionômicas e estruturais, contudo estas regiões apresentam uma divergência quanto a composição florística.
Estudos indicam que esta individualidade florística de cada região alcança 50% de espécies comuns nas duas áreas. Entretanto, espécies como Caryocar cubeatun, Copaifera rigida, Mimosa lepidophora e Cassia excelsa são exclusivas deste cerrado marginal, sendo, na maioria das vezes, oriundas de outras formações vegetais.
No cerrado maranhense tem destaque o Parque Nacional da Chapada das Mesas, que possui vegetação semelhante, com relevo diferenciado e quedas de água.
Possui uma área de 160 mil hectares, abrange os municípios de Carolina, Estreito e Riachão, no centro-sul do Maranhão. Foi criado em dezembro de 2005, está inserido nas metas dos órgãos ambientais em aumentar áreas protegidas do bioma Cerrado.


Delta das Américas:  

Também conhecido domo Delta do Parnaíba, é o terceiro maior delta oceânico do mundo.
Sua configuração se assemelha a uma mão aberta, onde os dedos representariam os principais afluentes do Parnaíba, que se ramificam formando um grandioso santuário ecológico.Fauna e Flora endêmicas.

Mata dos Cocais:  

Corresponde a uma área de transição envolvendo vários estados e vegetações distintas.
Na região onde se encontra o meio-norte é possível identificar climas totalmente diferentes, como equatorial superúmido e semiárido.
A mata dos cocais é composta por babaçu, carnaúba, oiticica e buriti; se estabelece entre a Amazônia, Cerrado e a Caatinga, essa região abrange os estados do Maranhão, Piauí e norte do Tocantins.
Nas áreas mais úmidas do meio-norte ocorre o desenvolvimento de uma espécie de coqueiro ou palmeira chamada de babaçu. Essa planta possui uma altura que oscila entre 15 e 20 metros. O babaçu produz amêndoas que são retiradas de cachos de coquilhos do qual é extraído um óleo com uso difundido na indústria de cosméticos e alimentos.
A mata dos cocais encontra-se em grande risco de extinção, pois tais regiões estão dando lugar a pastagens e lavouras, especialmente no Maranhão e boreal de Tocantins.
Por estar em uma região onde há grande atividade agricola e pecuarista foi criada a Lei nº154/2008 - que protege o Babaçu do desmatamento.


Parcel Manoel Luís:  

Parque Estadual Marinho do Parcel do Manuel Luís localiza-se no Parcel de Manuel Luís, no Oceano Atlântico, a 45 milhas náuticas da costa do Maranhão.
Foi criado pelo Decreto 11.902, de 11 de Junho de 1991, com uma área de 45.937,9 hectares.
Constitui-se no maior banco de corais da América do Sul. é um conjunto de formações rochosas submersas, com inúmeros labirintos submersos espalhado.
Pode ser encontradas algumas espécies de peixes exóticas, como o Peixe-Papagaio, o Sargentino e o Peixe-Borboleta.
Um dos maiores cemitérios de embarcações mundo, perddo endo apenas para o triângulo das bermudas, com cerca de 200 navios naufragados.
Por constituir um bioma marinho pode ser o mais ricos de todos os biomas maranhenses.

 Espécies de Aves em São Luís/MA



[Família] Espécie Nome Comum Sons Fotos
Accipitridae Elanus leucurus gavião-peneira 0 1

Geranospiza caerulescens gavião-pernilongo 0 1

Rupornis magnirostris gavião-carijó 1 5
Alcedinidae Chloroceryle aenea martinho 0 1
Apodidae Tachornis squamata tesourinha 0 1
Ardeidae Ardea alba garça-branca-grande 0 1

Butorides striata socozinho 0 1

Egretta caerulea garça-azul 0 1

Egretta thula garça-branca-pequena 0 4

Tigrisoma lineatum socó-boi 0 2
Caprimulgidae Caprimulgus rufus joão-corta-pau 2 0

Nyctidromus albicollis bacurau 1 0
Cathartidae Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha 0 2
Charadriidae Charadrius collaris batuíra-de-coleira 0 3

Charadrius semipalmatus batuíra-de-bando 0 3

Charadrius wilsonia batuíra-bicuda 0 1

Pluvialis squatarola batuiruçu-de-axila-preta 0 1
Coerebidae Coereba flaveola cambacica 1 5
Columbidae Columba livia pombo-doméstico 0 2

Columbina passerina rolinha-cinzenta 0 9

Columbina squammata fogo-apagou 1 5

Columbina talpacoti rolinha-roxa 0 1

Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira 1 0

Leptotila verreauxi juriti-pupu 0 1

Patagioenas speciosa pomba-trocal 1 0
Corvidae Cyanocorax cyanopogon gralha-cancã 0 3
Cotingidae Procnias averano araponga-do-nordeste 1 0
Cuculidae Crotophaga ani anu-preto 0 5

Crotophaga major anu-coroca 0 3

Dromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino 1 0

Dromococcyx phasianellus peixe-frito-verdadeiro 2 0

Guira guira anu-branco 1 7

Piaya cayana alma-de-gato 0 1
Dendrocolaptidae Dendrocincla fuliginosa arapaçu-pardo 1 0

Dendroplex picus arapaçu-de-bico-branco 1 3
Emberizidae Arremon taciturnus tico-tico-de-bico-preto 1 1

Sporophila nigricollis baiano 0 1

Volatinia jacarina tiziu 0 1
Estrildidae Estrilda astrild bico-de-lacre 0 3
Falconidae Milvago chimachima carrapateiro 1 4
Fringillidae Euphonia chlorotica fim-fim 1 1

Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro 0 2
Hirundinidae Progne chalybea andorinha-doméstica-grande 0 3

Tachycineta albiventer andorinha-do-rio 0 3
Icteridae Molothrus oryzivorus iraúna-grande 0 1

Sturnella militaris polícia-inglesa-do-norte 0 1
Jacanidae Jacana jacana jaçanã 0 2
Laridae Chroicocephalus cirrocephalus gaivota-de-cabeça-cinza 0 1

Leucophaeus atricilla gaivota-alegre 0 5
Pandionidae Pandion haliaetus águia-pescadora 0 3
Passeridae Passer domesticus pardal 0 2
Picidae Celeus flavus pica-pau-amarelo 1 0
Pipridae Chiroxiphia pareola tangará-falso 3 3

Manacus manacus rendeira 1 0
Psittacidae Amazona amazonica curica 1 1

Aratinga jandaya jandaia-verdadeira 1 3

Aratinga leucophthalma periquitão-maracanã 1 1

Diopsittaca nobilis maracanã-pequena 1 1

Pionus menstruus maitaca-de-cabeça-azul 2 0

Primolius maracana maracanã-verdadeira 1 0
Rallidae Aramides cajanea saracura-três-potes 0 1

Aramides mangle saracura-do-mangue 0 1

Laterallus viridis sanã-castanha 0 2
Recurvirostridae Himantopus mexicanus pernilongo-de-costas-negras 0 1
Scolopacidae Actitis macularius maçarico-pintado 1 1

Arenaria interpres vira-pedras 0 3

Calidris alba maçarico-branco 0 5

Calidris pusilla maçarico-rasteirinho 0 4

Limnodromus griseus maçarico-de-costas-brancas 0 1

Tringa semipalmata maçarico-de-asa-branca 0 1

Tringa solitaria maçarico-solitário 0 1
Sternidae Gelochelidon nilotica trinta-réis-de-bico-preto 0 2

Phaetusa simplex trinta-réis-grande 0 2

Sternula antillarum trinta-réis-miúdo 1 5

Sternula superciliaris trinta-réis-anão 0 1
Strigidae Megascops choliba corujinha-do-mato 1 0
Thamnophilidae Formicivora grisea papa-formiga-pardo 2 2

Thamnophilus amazonicus choca-canela 1 4
Thraupidae Conirostrum bicolor figuinha-do-mangue 1 2

Ramphocelus carbo pipira-vermelha 2 5

Thlypopsis sordida saí-canário 0 1

Thraupis episcopus sanhaçu-da-amazônia 0 4

Thraupis palmarum sanhaçu-do-coqueiro 0 1

Thraupis sayaca sanhaçu-cinzento 0 3
Threskiornithidae Eudocimus ruber guará 0 1
Tinamidae Crypturellus soui tururim 1 0
Tityridae Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto 1 0
Trochilidae Amazilia leucogaster beija-flor-de-barriga-branca 1 9

Chrysolampis mosquitus beija-flor-vermelho 0 2

Phaethornis ruber rabo-branco-rubro 0 1
Troglodytidae Pheugopedius genibarbis garrinchão-pai-avô 3 0

Troglodytes musculus corruíra 2 4
Turdidae Turdus leucomelas sabiá-barranco 2 2
Tyrannidae Attila cinnamomeus tinguaçu-ferrugem 1 0

Camptostoma obsoletum risadinha 1 0

Casiornis fuscus caneleiro-enxofre 0 1

Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu 2 0

Elaenia chiriquensis chibum 0 1

Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela 0 3

Empidonomus varius peitica 0 3

Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata 0 1

Lophotriccus galeatus caga-sebinho-de-penacho 4 2

Myiarchus ferox maria-cavaleira 0 1

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado 0 1

Myiopagis gaimardii maria-pechim 1 1

Myiozetetes cayanensis bentevizinho-de-asa-ferrugínea 0 1

Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho 0 2

Phaeomyias murina bagageiro 1 3

Pitangus sulphuratus bem-te-vi 1 3

Poecilotriccus sylvia ferreirinho-da-capoeira 4 1

Todirostrum maculatum ferreirinho-estriado 1 2

Tolmomyias flaviventris bico-chato-amarelo 1 3

Tolmomyias poliocephalus bico-chato-de-cabeça-cinza 1 1

Tyrannopsis sulphurea suiriri-de-garganta-rajada 1 0

Tyrannus melancholicus suiriri 1 2

Tyrannus savana tesourinha 0 3

Zimmerius gracilipes poiaeiro-de-pata-fina 1 0
Vireonidae Cyclarhis gujanensis pitiguari 1 2

Hylophilus pectoralis vite-vite-de-cabeça-cinza 3 1

Vireo olivaceus juruviara 1 1
Total: 120 espécies


Floresta dos Guarás

Meio Amazônica, meio Nordeste, o Maranhão traz consigo as belezas e sabores de ambos ao mesmo tempo. Um litoral de praias selvagens e dos mais bem preservados manguezais do país, refúgio de guarás, garças e aves migratórias. A paz das ilhas, das vilas e da vida dos pescadores.
A Floresta dos Guarás é recortada por baías e centenas de canais e furos. Navegar por esses canais é uma experiência comparável a singrar pelos rios e igarapés amazônicos. A fartura de peixes e caranguejos e os bandos de aves que se alimentam nos manguezais são prova da riqueza deste ecossistema. Além de aves e crustáceos, é comum avistar nos manguezais animais como o guaxinim e o macaco-prego. A presença do tralhoto, uma espécie de peixe que ocorre em grandes quantidades na região, é um atrativo curioso para os visitantes: seus olhos são divididos de modo que ficam com parte deles fora d’água, vigiando seus predadores, e a outra parte sob a água, procurando alimentos.
As aves são um espetáculo à parte: a Floresta dos Guarás é pouso seguro para aves como a garça-branca-grande, a garça-morena, os colhereiros, talha-mares, maguaris e martim-pescadores, bem como para espécies migratórias, como maçaricos e batuíras. Outra ave abundante na região é o papagaio-do-mangue, conhecido como curica, cuja algazarra, ao final do dia, ecoa pelos canais.
Os ninhais e os dormidouros, locais onde as aves buscam acolhimento para reprodução e para pernoitar, são pontos privilegiados para visitação. Os dormidouros podem ser alcançados por embarcações a remo ou à vela, que têm condições de se aproximar dos locais sem alarde. Os dormidouros mais interessantes para os ecoturistas são o Arquipélago de Maiaú e a Ilha do Porto do Meio, em frente à vila de Retiro. Conhecer esses lugares ao entardecer é uma experiência inesquecível.
Fonte: MMA (Ministério do Meio Ambiente)