/> Ecológica de Salto: 2010-11-07

sábado, 13 de novembro de 2010

Coleção inspirada no origami une alta tecnologia e sustentabilidade

Issey Myake é um  estilista Japonês  totalmente vinculado a  moda de vanguarda que criou a coleção  “132 5. Issey Miyake”,  “Acredito ser uma nova dimensão da moda que une técnicas e tecnologia apurada à sustentabilidade.” define.

Cada peça da coleção foi concebida através de um programa de computador de autoria do cientista da computação Junho Mitani, um pesquisador de métodos matemáticos através dos quais criou estruturas tridimensionais usando a dobradura de papel plano.
Em seguida, os modelos são cortados a partir de peças únicas em tecido de PET reciclado, estilo origami, dobrado e costurado estrategicamente. Dez padrões básicos resultam em camisas estruturadas, saias, calças e vestidos. A vantagem disso? Redução vertiginosa dos resíduos têxteis com maior aproveitamento do tecido.
A dobradura usada para gerar peças com elegância e graciosidade. A coleção “132 5. ISSEY MIYAKE” funde a matemática da dobradura e a arte da confecção de roupas na direção da eco moda . Estabelecer novas relações entre o vestuário, a forma humana e o meio ambiente.
Issey é conhecido por acompanhar rigorosamente toda sua linha de produção, preocupando-se com o meio ambiente e com seus recursos humanos. A consciência de que nossos recursos naturais estão em risco e a necessidade de um comércio justo são a base para que seu ateliê busque, através de pesquisas sérias, novas formas de criação que além de valorizar a estética, tenham valor ético para que a criação continue sendo uma arte que traga alegria, harmonia e bem estar.



Transformando sacos plásticos em lindas botas de chuva



Louie Rigano é um designer que teve uma idéia muito criativa: criou botas de chuva que utilizam sacolas plásticas como matéria-prima e que são bem fáceis de produzir.
Além de resolver um grande problema ecológico já que uma sacola demora mais de 100 anos para decompor o seu design criou uma oportunidade de fonte de renda para os catadores de lixo argentinos conhecidos por Cartoneros.
Os sacos plástico que são descartados aos milhares se transformam em uma matéria-prima abundante e como o processo de fabricação é simples todas as estapas podem ser feitas pelos próprios catadores criando uma oportunidade muito bacana de geração de renda.
O processo consiste basicamente em prensar os sacos de plástico para criar folhas do material uma curiosidade é que entre as folhas são inseridas gases para possibilitar a costura da bota.
O coletivo Waste For Life ensina, divulga e presta asessoria para os processos, é uma maneira inteligente de manter e expandir o projeto.
É com exemplos como este que podemos dizer que o design salva vidas.



Sapatos feitos com televisão reciclada! Sim, televisão.


Depois do chapéu feito com fitas cassetes recicladas e as carteiras feitas com gravatas chegou a vez dos sapatos feitos de televisões recicladas. Sim, acredite é verdade, televisão!
A marca de sapatos Olsenhaus desenvolveu toda a sua coleção outuno/inverno com a inovadora microfibra de polyester feita com a tela de televisões quebradas.
Os sapatos são de extremo bom gosto e fazem um excelente uso do material inovador, é imperceptível aos olhos e no conforto.
E vem mais por ai, a designer e proprietária Elizabeth Olsen esta desenvolvendo novos materiais como uma sola de borracha com serragem e sapatos salto-altos com a matéria prima de resíduos plásticos conhecida como “plastic pellets” que polui os mares do nosso planeta.
   Empolgante não?



Chapéu feito de Fitas Cassetes Recicladas
http://www.youtube.com/watch?v=oEqR_Pi9KQ4Os Designers Alyce Santoro e Julio Cesar criaram um chapéu feito com o tecido Sonic Fabric que combina 50% de fitas cassetes recicladas com 50% de poliester.
E o mais incrível é que você pode literalmente escutar o tecido.
Com um walkman adaptado é possível escutar segmentos de audio que estão gravados no tecido.




Transformando granadas e pistolas em jóias ecológicas...





Oque? Pistolas e granadas podem virar jóias? Sim, e é exatamente isto que o The Gun Reclamation Project esta fazendo em Nova Iorque.
O projeto recolhe armamentos da população e os transforma em jóias, pinos de granadas se transformam em gargantilhas e gatilhos de pistolas são reciclados e se transformam em correntes para calça.
Com o conceito de transformar as armas em objetos de paz a coleção chamada B-Side Jewelry foi lançada ontem em um evento na cidade e amplifica a mensagem de que é possível transformar e reciclar qualquer tipo de material e idéia.
Uma criativa ação e uma mensagem de paz, melhor impossível.

Moda inclusiva – A moda que inclui, aproxima e valoriza as pessoas


Moda e deficiência, duas palavras que normalmente não se encontram, tornaram-se um dos desafios da moda – o novo olhar, para dar origem a um vestuário que visa estética funcional aliada a peças ergonomicamente projetadas para todo tipo de necessidade, sistema de abertura previsto para fácil circulação e mobilidade… Tornar a moda acessível e tátil – etiquetas em Braille (a moda nãos mãos de todos!), fechos de velcro e imãs, tecidos confortáveis. Você já havia refletido sobre isso? A inclusão começa quando pensamos sobre ela.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), em torno de 10% da população mundial é de Pessoas com deficiência (PcD). O que para a maioria é fácil, prazeroso e simples, para PcD, o vestir-se é um desafio. Expressar individualidade e personalidade no modo de vestir sem que suas necessidades estejam presentes na indústria da moda, é um ato de bravura e persistência, tanto quanto precisar de acesso a algum lugar onde só há escadas… Ou, querer muito ler um livro que não esteja disponível em Braille…
Mostrando como essa moda sai da teoria para a prática, vamos falar sobre Chris Ambraisse, estilista e criador da grife francesa A&K Classics . Um exemplo do exposto acima. Eco moda com inclusão total, aliando design às necessidades de PcD.
http://www.youtube.com/watch?v=m4CoSUEOqh8
Assista acima a um desfile do estilista Chris Ambraisse e sinta a moda ética!
Chris teve contato com a moda desde menino. Certo dia uma jovem mulher numa cadeira de rodas, observava um desenho que Chris fazia no metrô. Ela falou sobre sua paixão por moda e o quanto sentia por ser tão difícil uma pessoa com mobilidade reduzida conseguir vestir-se com estilo. As roupas sempre tinham que ser adaptadas ou o básico dos básicos, aquilo que tinha acesso. A jovem o estimulou a desenhar uma coleção para PcD. Pronto! A semente da inclusão estava plantada.
Chris iniciou pesquisas sobre o assunto e não conseguiu mais parar. Após reuniões com Pessoas com deficiência, fisioterapeutas e associações, vários esboços de roupas apropriadas às necessidades de PcD, com design limpo, moderno e estiloso surgiram. A partir de um financiamento do Fundo Social Europeu, surgiu sua primeira coleção de moda inclusiva, com 30 looks desfilados em 2007 por modelos com e sem deficiência em condições de igualdade.
Em 2008, nova coleção e desta vez com tecidos reaproveitados… A grife Cacharel, que desprezaria o seu resíduo têxtil, destinou-o para Chris, que desde então, lança mão do reaproveitamento de tecidos para gerar coleções sustentáveis.
Assim Chris definiu sua moda numa entrevista:
“Meu estilo é cheio de mutação e divertido. Eu quero fazer roupas que tenham um valor estético real, mas que observe uma parte valiosa da vida, tornando-a mais confortável e mais divertida. Se é para pessoas com deficiência, o vestir-se por conta própria e ter orgulho na sua independência e no seu olhar quando saem para o mundo, é o objetivo. Buscamos muita reflexão e pesquisa objetivando a funcionalidade das roupas bem como a sua estética. Nós olhamos para a forma como as pessoas se deslocam e vestem suas roupas; fazemos testes com Pessoa com deficiência e sem deficiência para entender onde podemos colocar uma abertura que não vá ficar perdida ou sem estilo, e que possa fazer da peça multifuncional.

A verdade é que Chris Ambraisse conseguiu unir todos os pontos da moda ética. O que vemos em suas coleções e vídeos é uma moda extremamente impactante com base na alta costura, podendo ser usada por qualquer pessoa. Ele mesmo faz questão de destacar isso na passarela ao lançar mão de modelos com deficiência ou sem deficiência física. O minimalismo é a sua base, o que proporciona elegância extrema em suas peças que são feitas em tons monocromáticos. O editorial de seu catálogo é simplesmente luxuoso… O novo luxo – ético, inclusivo e sustentável.

Uma nova e boa moda: Produzir roupas com Descarte Zero

Você sabia que na produção de camisetas, calças e outras peças de vestuário 15% a 20% do tecido é jogado fora?
Um número alto e custoso para a o meio-ambiente que sofre com a chegada diária de milhares de toneladas de lixo. O mais preucupante é que toda esta matéria-prima poderia ser utilizada de forma mais inteligente ou reaproveitada para criar novos produtos, mas acaba indo diretamente para os lixões.
Percebendo este quadro, estilistas sustentáveis inventaram uma maneira criativa de resolver o problema: criaram o conceito do Descarte Zero do inglês “Zero Waste”.
O conceito consiste em aproveitar cada centimetro do tecido, criando desenhos que não deixem nenhuma sobra.



Cada estilista investiu em uma técnicas diferente, Mark Liu define a sua  como “corte de quebra-cabeças” , a técnica consiste em desenhar no tecido figuras em forma de peças de quebra-cabeça para que cada uma delas se encaixe no momento da costura sem desperdiçar nenhum centimetro do tecido.
Outros estilistas prefrerem utilizar um pedaço de tecido e criar a peça sem nenhum corte. Independente da técnica o resultado é a eficiência no uso dos tecidos e uma notável redução do impacto ambiental.

O movimento que despontou na Europa apesar de ser pequeno esta crescendo muito rapidamente e esta conseguindo apoio de grandes instituições como a Parsons the New School for Design,  famosa escola do “Project Runway” que irá realizar o primeiro curso sobre o tema.
O livro “Modelando a moda sustentável: Modificando a maneira como nós fazemos e usamos as roupas escrito por Alison Gwilt e Timo Rissanen será lançado em Fevereiro de 2011  e também  focará no tema.  Alias o Tim Rissanen mantém o melhor blog sobre o assunto chamado Zero Fabric Wast Fashion, vale a pena seguir.
Aqui no Brasil já existem boas práticas como o reaproveitamento de tecido. As sobras são utilizadas para a fabricação de de tapetes e outros produtos artesanais.  Apesar de ser uma ação louvável o grande diferencial e eficiência provêm lá do início no momento da criação do estilista. Evitar o desperdicio é a melhor e mais sustentável alternativa.





Roupas que fazem bem a saúde!!

Imagine se uma de suas camisetas ou um de seus vestidos pudessem melhorar a sua saúde, não ia ser ótimo?
Esta é a proposta da A.D.O Clothing fundada pela designer indiana Anjelika Krishna .



Seguindos os conceitos da milenar medicina indianaAyurveda a empresa utilizao  tecido  AyurvastraVestir a vida”, ele é feito de algodão orgânico e todos os seus fios são tingidos a mão utilizando matérias-primas naturais como sementes de romã, açafrão, sândalo e eucalipto. que em tradução livre do sânscritos significa “






Roupas que podem ser compradas com sangue...

A Coleção Red Rail literalmente não tem preço. Não é possível comprar as peças com dinheiro, nem por qualquer escambo você só vai conseguir obter uma peça se você for um doador de sangue.
A coleção que será  apresentada no dia 23 de Julho 2010 na Fashion Week de Amsterdam conta com 20 peças desenvolvidas por 18 jovens e inovadores estilistas que aderiram a o movimento para fomentar a doação de sangue na Holanda.

Vai funcionar assim: O interessado deve escolher a sua peça preferida e enviar um e-mail com a comprovação da sua doação, o pedido será arquivado e  em Janeiro de 2011 irá ser realizado um sorteio, se você for um dos sorteados receberá em casa a sua peça. Interessante não?

O projeto que convida os jovens a literalmente dar o sangue pela moda foi criado pela Fundação Nobel e patrocinado pela Fundação DOEN e é impulsionados por previsões de que em 3 anos a Holanda terá uma grande escassez de sangue, oque irá prejudicar o sistema público de saúde,  então nada melhor do que trazer o assunto de forma divertida e interessante para a sociedade.

Pena que esteja valendo só pra Holanda. Fica uma boa dica pra pra inspirar os estilistas e empresários brasileiros =)