/> Ecológica de Salto: 2010-12-12

sábado, 18 de dezembro de 2010

Feiura (depende dos olhos de quem vê...)

AS CRIATURAS DE DEUS...CADA UM COM A SUA BELEZA.

Publicado em 17/12/2010

Concurso promovido por universidade norte-americana decide qual é o inseto mais feio do mundo.
Você concorda?

O inseto assassino, da ordem os percevejos, foi escolhido como o mais feio do mundo por um concurso nos Estados Unidos (foto: Therry The).
Depois de ver as imagens desses insetos e larvas produzidas a partir de microscópios eletrônicos de varredura (MEV), fica difícil pensar em criaturas mais horrendas. Os olhos esbugalhados, os pelos e as presas saltadas não fariam feio – com o perdão do trocadilho – em nenhum filme de terror.
Mesmo com tantas opções de feiura artrópode pelo mundo, um concurso promovido por pesquisadores da Universidade Northern Arizona tentou bater o martelo e decidir, afinal, qual o inseto mais feio que habita o planeta Terra.

O ganhador – com 30% dos votos – foi o inseto assassino (uma espécie de percevejo da família Reduviidae), considerado por nós da redação um cara até bem simpático, perto de alguns outros. O inseto assassino mede entre cinco e 37 milímetros e injeta saliva tóxica nas suas presas, para digeri-las enquanto suga seus nutrientes.

A pesquisadora florestal Marilee Seller, idealizadora do concurso, lançou-o pela primeira vez em 1997. De lá para cá, o número de votos aumentou vertiginosamente: este ano, mais de 36 mil pessoas votaram, quase o quádruplo do ano passado. O investimento em mídias sociais – como a criação de perfis no Facebook para cada inseto – alavancou a popularidade do concurso.


Já a redação da CH escolheu a larva de mosca varejeira como uma das criaturas mais feias da Terra (foto: Eye of Science / SPL / Barcroft Media) .

Fizemos um concurso semelhante aqui na redação da CH. O vencedor não foi nenhum dos participantes do concurso norte-americano – achamos esses até bonitinhos.
 Foi a imagem da larva de mosca varejeira (Protophormia sp.), publicada pelo jornal inglês Telegraph (acima) junto com outros artrópodes menos nojentos, que fez todos nós revirarmos o rosto de nojo.

 

Assista ao vídeo do ganhador do concurso promovido pela Universidade Northern Arizone sobre o inseto assassino, considerado por 36 mil pessoas ‘o mais feio do mundo’ (em inglês).

 

Sem amor...eu nada seria!!


I Coríntios, 13

1.Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver AMOR, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.
2.Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver AMOR, não sou nada.
3.Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver AMOR, de nada valeria!
4.O AMOR é paciente, O AMOR é bondoso. Não tem inveja. O AMOR não é orgulhoso. Não é arrogante.
5.Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor.
6.Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade.
7.Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8.O AMOR jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará.
9.A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita.
10.Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá.
11.Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança.
12.Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido.
13.Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade (O AMOR) - as três. Porém, a maior delas é a caridade (O AMOR).

Bíblia Ave Maria - Todos os direitos reservados.

Táxi ecológico é movido a energia solar e cinética


Diogo Max - 15/12/2010 - Exame.com

O designer Hazman Malik projetou um tipo de táxi, que, ao contrário da maioria dos carros conceitos atuais, não é elétrico. O veículo utiliza energia solar e cinética para se locomover e não emite gás carbônico. 

O “Green Cab”, como foi batizado, foi desenhado para ser simples e atender as demandas dos turistas que visitam um determinado local. O carro possui teto solar e muito espaço livre, para permitir que o visitante aprecie a paisagem. 

O compartimento traseiro do “Green Cab” dispõe de um espaço para armazenamento da bateria, que pode aumentar o desempenho do veículo. De acordo com o site Eco Friend, que divulgou o projeto, o designer não forneceu as especificações técnicas do carro.

1º. ônibus a hidrogênio da América Latina entra em circulação

Sucena Shkrada Resk - 17/12/201 - Planeta Sustentável

Começou a circular hoje, no estado de São Paulo, o primeiro ônibus movido totalmente a hidrogênio, que fez o percurso de 10 km, entre os terminais Jabaquara e Diadema.

A ideia é expandir esse tipo de alternativa de combustível com energia limpa, na frota de ônibus da cidade. Em 2012, está prevista a circulação de mais três veículos.
O projeto é resultado de uma parceria entre o Ministério de Minas e Energia, a EMTU - Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos e o GEF - Fundo Global para o Meio Ambiente, com apoio do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

DIGA NÃO AOS RODEIOS, VAQUEJADA E PUXADA DE CAVALOS.


E mais, é preciso AGIR para que isso não se repita! VAMOS DAR UM BASTA A ESSES EVENTOS QUE NADA TÊM DE CULTURAL!
O Poder Público não se posiciona nem toma qualquer atitude para proibir estes absurdos.


UMA ARENA COMO A DOS RODEIOS PODERIA APRESENTAR ATRAÇÕES ESPORTIVAS DE VERDADE, VÁRIOS GRANDES ATLETAS DO BRASIL QUE SÃO VERDADEIROS ATLETAS, ESTÃO SEM PATROCÍNIO OU INCENTIVO ALGUM. A FESTA NÃO PERDERIA SEU BRILHO, NÃO DEIXARIA DE GERAR EMPREGOS E AS CRIANÇAS PRESENTES APRENDERIAM ALGO MAIS DIGNIFICANTE. NO ENTANTO ESTE ESPAÇO É PREENCHIDO POR UMA PLATÉIA DE SÁDICOS E SANGUINÁRIOS CUJO “ESPORTE” (!?!) É LAÇAR BEZERRINHOS INDEFESOS, INSTALAR SEDÉM NOS MACHOS, ENFIAR CACOS DE VIDRO E CIGARROS ACESOS NO ÂNUS DOS TOUROS, E OUTRAS PRÁTICAS NAZISTAS…PARA QUE AO ABRIREM OS PORTÕES DA LIBERDADE ESSES ANIMAIS, ESCRAVOS, AINDA SE SUBMETAM A MAIS HUMILHAÇÕES DIANTE DE UM COLISEU IGNORANTE.


“OS DEFENSORES DO RODEIO SÓ TÊM O DINHEIRO COMO ARGUMENTO. NÓS TEMOS EMBASAMENTO JURÍDICO, HUMANO E O APOIO DA MAIOR PARTE DA POPULAÇÃO” .”O ANIMAL NÃO PODE SER TRANSFORMADO EM FANTOCHE SÓ POR UM CAPRICHO HUMANO. PERUÍBE ESTÁ NA CONTRAMÃO DA TENDÊNCIA MUNDIAL DE COMBATER ESSES TIPOS DE EVENTO” .

1. COMO DISSE RITA LEE EM 2002, CONCORDO PLENAMENTE COM ELA,
“NÃO SOU UMA ET, MAS FICO INDIGNADA SEMPRE QUE OS TERRÁQUEOS DESRESPEITAM OS OUTROS TRÊS REINOS DO PLANETA: O MINERAL, O VEGETAL E O ANIMAL. A TAL DA IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS CONFERIDA À RAÇA HUMANA É UMA PIADA”.
 SÓ PODE SER PESSOA DOENTE QUE FREQÜENTA ESSES EVENTOS, QUE TEM QUE ALIMENTAR O SEU PRAZER MÓRBIDO DE SUBJUGAR A VIDA EM FUNÇÃO DO SEU SADISMO.


 ABAIXO A DITADURA DO SOFRIMENTO ANIMAL! ABAIXO A TORTURA!
EM LUTO PERMANENTE PELOS ANIMAIS QUE SOFREM NAS MÃOS DO HOMEM SÁDICO E RUDE.

Matadouros: No Inferno, todos vestem roupas brancas, artigo de Denise Terra

 Publicado em julho 21, 2010
Ainda não amanheceu, estamos diante da chuva e do frio do inverno gaúcho à espera do ônibus que irá nos guiar até um dos maiores matadouros do RS. Somos estudantes de medicina veterinária, cursando uma disciplina obrigatória de inspeção de produtos de origem animal. A maioria de nós encontra-se eufórica, à espera dos ‘momentos emocionantes’ do dia. Eu estou em um canto, sendo observada de perto pela professora e o coordenador do curso, que ao saberem que sou vegana e ativista, temem que eu tenha um colapso na linha de matança.

Entramos no ônibus e seguimos viagem. No caminho, a sensação de que as cenas que eu teria que presenciar não seriam diferentes daquelas filmadas clandestinamente em matadouros ao redor do mundo, e ao mesmo tempo o sentimento inequívoco de que estaria prestes a presenciar uma série de crimes considerados ‘necessários’ pela humanidade.

Chegamos! Ao abrir a porta do ônibus, já somos tomados pelo impregnante odor adocicado da matança das aves que ocorre dentro do estabelecimento. Adentramos o local, após termos vestido roupas brancas especiais, e começamos a visita no sentido contrário ao fluxo produtivo para evitar contaminações no produto final. Trata-se de um corredor estreito, com o pé direito baixo, quase um túnel, que desemboca em uma luz amarela intensa, para repelir insetos. Nossa guia, então, abre a porta e entramos na parte final da produção. Um sistema complexo de esteiras e ganchos, chamados nórias, passam por nossas cabeças, e neles estão fixadas pelas patas as carcaças de frango, que pingam incessantemente uma gordura fétida acrescida da água hiperclorada utilizada em sua higienização.

Sob as esteiras estão os funcionários que trabalham em pé, diante de uma bancada, na maioria mulheres, que nos olham com curiosidade e espanto. A expressão em seus rostos é de uma tristeza marcante, mesclada pelo cansaço físico dos movimentos repetitivos que têm que executar diariamente. O barulho do local é ensurdecedor e, conforme andamos, o cheiro forte torna- se cada vez mais desagradável. Em cada bancada, os funcionários devem desempenhar uma função, chamadas de linhas de inspeção, que são classificadas por letras do alfabeto. Em cada letra ocorre a retirada padronizada de determinados órgãos. Um grupo de mulheres, muitas sem luvas, trabalham retirando com as mãos, com uma destreza impressionante, a vesícula biliar das carcaças em processo de evisceração. Mais adiante, outra funcionária dedica-se a ‘pescar’ com uma barra de metal as carcaças que caem no chão, para destiná-las à graxaria, onde serão transformadas em produtos não-comestíveis. Durante a passagem das nórias podemos observar que cada uma apresenta uma marcação com uma cor, o que serve para fazer a contagem final dos frangos por produtor e repassar o lucro referente ao dia.


 Uma máquina especial remove toda a carne restante presa nos ossos, que farão parte da liga que irá compor os caros e adorados nuggets. Estamos agora diante dos chillers, equipamentos responsáveis pelo aquecimento seguido de um resfriamento rápido das carcaças, com a finalidade de eliminar contaminantes biológicos da carne. Os chillers nada mais são do que grandes piscinas vermelhas de sangue com partículas de gordura que ficam boiando na superfície, onde os frangos ficam embebidos.

Olho para o chão e tudo o que vejo é sangue e uma quantidade absurda de água que parece verter de todos os lados para a limpeza das carcaças – estima-se que para a limpeza de cada carcaça de frango se gaste em média 35 litros de água! Desvio o olhar para cima e vejo carcaças sangrentas passando por minha cabeça, pois estamos nos aproximando do início do processo, quando começam a surgir aves com cabeças e penas, que são retiradas em uma máquina específica, o que deixa o chão lotado de penas brancas.

Nossa guia nos avisa que estamos chegando à linha de matança. Há uma diminuição abrupta da luz, onde funcionários trabalham quase no escuro. Os índices de depressão dos funcionários que exercem essa função são extremamente elevados, devido à insalubridade. Trata-se do início do processo de insensibilização. A luz é reduzida com a finalidade de reduzir a atividade e o estresse dos animais, que são extremamente sensíveis a este estímulo. A esteira segue com as aves penduradas na nória pela pata, de cabeça para baixo e agora passam por um túnel, onde sofrem eletronarcose – isto é, são molhadas e eletrocutadas, de modo que isso as atordoe, mas sem causar a morte. As galinhas seguem estáticas pela esteira, onde logo encontram uma serra, que fica presa a uma espécie de roda, e têm suas gargantas cortadas. Nossa guia nos explica que dependendo do tamanho das aves a altura da lâmina deve ser ajustada, para reduzir a margem de erros no corte mecanizado.

Na sequência, algumas galinhas encontram-se com o pescoço intacto, enquanto outras, mesmo com a traquéia perfurada, começam a se mexer, visivelmente conscientes. Um funcionário tem então como tarefa cortar o máximo de pescoços de galinhas que falharam na serra automática, mas a esteira passa em uma velocidade assustadora, são muitas aves que devem morrer hoje para atender à demanda do mercado, cada vez mais voraz por carne de frango. Não há tempo para cortar o pescoço de todas as intactas, nem de abreviar o sofrimento daquelas que se debatem. As aves seguem para serem escaldadas em água fervendo.
Fomos levados ao local do recebimento das cargas. Vemos caixas e caixas com mais aves do que espaço interno, em algumas há mais de dez animais. São tantas que muitas estão fora das caixas, respiram ofegantes, com o bico aberto pelo estresse e pelo medo. Elas estão há dez horas em jejum, sendo permitido o abate somente até doze horas após o início do jejum. O trabalho segue em ritmo frenético. Uma colega encontra uma galinha solta e a pega, colocando-a, de forma orgulhosa, em outra caixa que segue na esteira rumo à serra automática, emitindo um comentário de que estava feliz por ter conseguido pegá-la. Descemos as escadas e nos deparamos com o caminhão que as trouxe. Somos instruídos a não passar muito perto, pois poderíamos ser bicados pelas aves apinhadas dentro das caixas. Nos afastamos um pouco e, em poucos momentos, vemos aves soltas em cima do caminhão. Elas tentam voar mas não conseguem, e muitas acabam caindo direto no chão. Um funcionário aparece com um gancho e as junta pelas patas, como se fosse inços em meio a grama. Violentamente, ele junta o máximo de aves que pode pegar com cada mão. As aves estão penduradas apenas por uma das patas. Então, alguém lembra que ele poderia ser mais delicado e pensar no ‘bemestar’ animal, afinal, deste modo, os frangos podem apresentar lesões graves como rupturas e fraturas, o que compromete o retorno financeiro pela carcaça.


Somos encaminhados para uma espécie de área de descanso dos funcionários, onde esperamos pelo veterinário responsável pelo setor de suínos para nos acompanhar na visita deste setor. Neste momento uma funcionária, escorada por mais duas colegas, passa em estado de choque por nós. Ela estava sangrando muito na mão. Acabou de sofrer um acidente de trabalho. Ela chora muito, a lesão parece grave. Uma colega nossa se manifesta rindo, dizendo que não vai comer o frango que ela estava eviscerando na hora que se machucou! Muitos acham graça e riem. Mais à frente vejo uma placa dizendo ‘Estamos a ZERO dias sem acidentes de trabalho’ e, logo abaixo, ‘Recorde sem acidentes:83 dias’.

No setor de suínos, passamos pelo mesmo ritual de antissepsia e adentramos outro corredor estreito com luzes amarelas. Meu nariz ainda está impregnado com o cheiro da morte das galinhas e meus ouvidos ainda não se acostumaram ao barulho estridente das máquinas, que são fortemente audíveis mesmo com o uso de protetores auriculares. Uma porta se abre, e atrás do veterinário estão centenas de carcaças de porcos mortos pendurados pela pata traseira, passando pela esteira. O tamanho do animal impressiona. O veterinário nos conta que ali são abatidos 2350 suínos por dia! Os funcionários agora são em sua grande maioria homens, muitos aparentemente se orgulham de sua função, e riem enquanto serram o abdômen do animal e retiram as vísceras. Neste setor a esteira anda mais lentamente, devido ao tamanho do animal e a menor quantidade de animais que estão sendo abatidos, quando comparado ao setor de aves. Há sangue por tudo.

Para caminhar, temos que desviar das carcaças de 100 kg penduradas sobre nossas cabeças. Os funcionários realizam seu trabalho em etapas específicas da produção, uns arrancam a cabeça, enquanto outros em outra parte da sala removem os órgãos internos e outros ainda são responsáveis pela identificação de qual cabeça pertence a que corpo, através de um sistema de numeração para posterior inspeção de possíveis lesões que possam causar danos à saúde pública. Mais à frente vemos uma impressionante sequência de dezenas de porcos abatidos subindo de uma andar ao outro pelo sistema de esteiras. Somos convidados a ir até o andar de baixo onde ocorre a sangria. Para chegarmos lá temos que descer uma escada helicoidal estreita e escorregadia, devido à presença de gordura suína sob nossas botas. No meio desta escada existe uma espécie de calha por onde passam os animais mortos, ainda cheios de sangue. Nossa roupa está tapada de respingos de sangue.

De repente a temperatura do ambiente muda e começamos a sentir um calor e um barulho atípicos do lugar. Olho então para frente e vejo a cena de uma carcaça pendurada por uma pata passar por uma espécie de jogo automatizado de chamas. Durante os poucos segundos que dura o processo, podemos ver as carcaças envoltas de uma labareda azul, e sentimos um forte cheiro de pêlo queimado. As labaredas são utilizadas para eliminar os resquícios de cerdas após a remoção dos pêlos, previamente removidos por um sistema de borrachas. Chegamos finalmente na sangria. Os gritos estrondosos dos animais deveriam fazer qualquer um perceber que não é possível existir bem-estar diante da banalização da morte. Ao invés disso, muitos riem cada vez que um suíno é grosseiramente empurrado por um funcionário, munido de uma vara capaz de disparar choques de baixa intensidade, em direção a uma espécie de escorregador totalmente fechado dos quatro lados. No fim do escorregador está um funcionário de aparência assustadora com uma barra com uma espécie de ‘U’ na ponta. O ‘U’ é encaixado na cabeça do animal e suas pontas ficam em contato com a região temporal do crânio, onde um choque de grande intensidade é disparado. O animal cai como uma pedra, gerando um barulho característico de seu corpo desabando sobre a esteira metálica. Muitos apresentam contrações involuntárias nas patas, e parecem estar dando coices. Com uma destreza impressionante o funcionário seguinte corta a garganta do animal. Através do orifício na traquéia jorram litros de sangue. O veterinário nos explica que neste momento o animal ainda não está morto, mas que “conforme as boas práticas de bem-estar animal, estes devem morrer dentro de no máximo seis minutos”, após ocorrer a total eliminação do sangue pelo bombeamento cardíaco. Na verdade, o real motivo para que não se aceite a morte do animal em tempo superior a este, é evitar que a carcaça fique PSE – ‘pale, soft, exsudative’, ‘pálida, friável, exsudativa’, pois este tipo de produto não apresenta a qualidade necessária exigida pelo mercado, e consequentemente há perda nos lucros.

Somos levados até os currais onde podemos ver os suínos vivos serem empurrados para o escorregador. Eles estão em pânico, uns sobem sobre os outros, enquanto nos olham fixamente nos olhos com a real expressão do horror. Os gritos tornam-se cada vez mais altos e o funcionário os empurra com o bastão de choques. Mais atrás está outro funcionário com uma espécie de relho feito de sacos plásticos, e o desfere contra o lombo dos animais para estes andarem na direção da matança. O veterinário nos explica que o relho é feito deste material para não machucar os animais. Isto constituiria crueldade, algo condenável pelo ‘bem-estar animal’, valor muito importante dentro da empresa, e que poderia acarretar em lesões cutâneas, afetando negativamente o valor da carcaça.

Por fim, podemos ver os currais de chegada, onde os caminhões descarregam diariamente os animais para o abate. É neste local que deve ser feita a inspeção ante-mortem pelo veterinário da inspetoria. De acordo com os preceitos da humanização da morte, todos aqueles animais que chegam com fraturas na pata e que não conseguem mais se locomover adequadamente devem ser removidos em separado e enviados para a matança imediata, isto é, devem ter o direito de ‘furar a fila’ a fim de que o seu sofrimento seja abreviado. O veterinário, com muito orgulho, faz questão de dizer que “o processo precisa ser feito”! E que já que é necessário, “é preciso fazê-lo com dignidade e respeito pelos animais”; Ele ainda afirma que na indústria é possível assegurar que estes animais não passam por sofrimento, e que o seu fim é muito menos cruel do que seria se fossem predados por um leão na natureza!

Neste momento, é difícil conter o riso diante da tortuosidade do raciocínio exposto. Em local algum do mundo teríamos mais de 2000 suínos sendo predados em cadeia por leões vorazes, sistematicamente, todos os dias. Ao que consta, leões não têm a capacidade de raciocínio semelhante a um humano. Eles não podem fazer escolhas, simplesmente porque não têm como refletir sobre as consequências dos próprios atos. Leões não planejam estrategicamente como irão matar suas presas a fim de terem lucro com isso, e tampouco consideram normal a condição de degradação de outros seres de sua própria espécie em prol da satisfação do luxo de outros poucos. Apenas o ser humano é capaz de ter estratégias para a exploração máxima de todos aqueles capazes de sofrer sem de fato considerar isso. Hoje, muito se fala sobre bem-estar animal, porém trata-se apenas de um modo mais refinado de justificar injustificáveis fins.

O bem-estar animal agrada a muitos, pois consegue suavizar o sofrimento e a culpa daqueles que sustentam a indústria da morte, e ajudam a aumentar os lucros através de medidas que teoricamente são adotadas para beneficiar os animais, mas que são norteadas pelo aumento da produtividade e qualidade do produto final. O limite do ‘bem-estar animal’ vai até onde o marketing e o lucro podem vislumbrar. É inacreditável que, para a grande maioria, ingenuamente, esse ainda seja visto como o caminho para o fim do sofrimento. O sofrimento animal apenas poderá ser reduzido quando criarmos coragem para defender o direito dos animais, através da abolição do consumo de seus corpos para a satisfação fugaz de nossos desejos egoístas.
* Denise Terra é formanda em Medicina Veterinária

Artigo enviado por Márcio e originalmente publicado no blog do grupo Vanguarda Abolicionista
EcoDebate, 21/07/2010

Percepção Ambiental, artigo de Roberto Naime


Publicado em dezembro 2, 2010
[EcoDebate] A espécie humana está constantemente agindo sobre os meios naturais (meio físico e meio biológico), com o objetivo de sanar suas necessidades. Todas as ações humanas tem esta motivação e interfere em nossa própria satisfação psicológica com o meio ambiente.

Cada indivíduo percebe, reage e responde de forma diferenciada. As respostas e manifestações são resultantes das percepções de cada um, ou seja dos processos cognitivos, julgamentos e expectativas.
Todas as manifestações psicológicas afetam nossa conduta, ainda que na maioria das vezes de forma inconsciente.

No meio urbano, outros fatores de natureza socioeonômica afetam a qualidade do meio ambiente e da vida, como populações assentadas em áreas de risco ou marginalizadas. Mas em conjunto, as cidades exercem um forte poder de atração sobre as populações, devido a heterogeneidade, movimentação e possibilidades de ascenção social que materializam.

Uma das formas mais comuns de insatisfação com a situação socioeconômica e ambiental é o vandalismo. Condutas agressivas em relação a elementos físicos, biológicos e arquitetônicos entre as classes menos favorecidas, simplesmente expressam a revolta pelas condições de vida a que estas populações estão submetidas.

A percepção ambiental procura desenvolver trabalhos que auxiliem a produção e a diversificação de métodos de conscientização ambiental integrada, que estimulem os contatos e a formulação de teias de relações possíveis. São interrelações entre os meios físico, biológico e antrópico, com suas múltiplas variáveis. Isto é uma contribuição para a tomada de consciência das populações em busca de melhor qualidade de vida e preservação de valores sociais, morais e ambientais.

Desta forma, o estudo da percepção ambiental é de fundamental importância para que possamos compreender melhor as interrelações entre o homem e o ambiente, suas expectativas, satisfações, julgamentos e condutas.

A percepção ambiental vincula-se estreitamente com as atividades de educação ambiental. Saber como os indivíduos com quem teremos interações profissionais e sociais percebem o ambiente em que vivem, suas fontes de satisfação e sua compreensão da natureza é de fundamental importância. Somente conhecendo esta realidade é possível planejar e realizar um trabalho de educação ambiental, minimizando a geração de impactos ambientais, com bases locais, partindo da realidade do público alvo.

As formas de trabalhar a percepção ambiental são a observação da natureza, das relações entre os seres humanos e os meios físico e biológico e o traçado de mapas mentais ou de contorno, estabelecidos pela aplicação de questionário com respostas fechadas que posteriormente são cuidadosamente compilados e interpretados e representações fotográficas de realidades diversas que envolvem o público alvo, objeto da pesquisa.

Existem ainda trabalhos de percepção ambiental que buscam não apenas o entendimento do que o indivíduos percebe, mas que pretendem também promover a sensibilização dos mesmos, bem como o desenvolvimento de sistemas de percepção e compreensão do meio ambiente.

Roberto Naime, colunista do Portal EcoDebate, é Professor no Programa de pós-graduação em Qualidade Ambiental, Universidade FEEVALE, Novo Hamburgo – RS.
EcoDebate, 02/12/2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Receba Mudas Grátis


IBF – Instituto Brasileiro de Florestas, visando beneficiar a sociedade e o meio ambiente através do plantio de mudas nativas, desenvolveu o Programa Plante Árvore, onde empresas privadas se oferecem para patrocinar o reflorestamento de áreas degradadas.

O programa envolve, assim, o IBF, a empresa privada patrocinadora, e o proprietário rural, que dispõe da área a ser reflorestada.

Como funciona o Plante Árvore?
Qualquer proprietário rural que deseja colocar sua área à disposição do programa, deve cadastrar sua área (igual ou maior que 1 hectare) em nosso banco de dados e aguardar um patrocinador. Caso seja selecionado, receberá mudas nativas gratuitamente.

O formulário de cadastro segue abaixo:






http://www.ibflorestas.org./pt/recebamudas-gratis.html

Instituto Ressoar e IBF firmam parceria por plantio de árvores 


200 milhões de árvores é a meta de plantio que a parceria entre o Instituto Ressoar e o Instituto Brasileiro de Florestas - IBF - firmada no último dia 17 de novembro.
Os números são audaciosos e impressionam, segundo Ivanildo Lourenço, presidente do Instituto Ressoar explica que, "somente pensando grande podemos movimentar a sociedade, os empresários e o governo para entrar nesta luta pela preservação da natureza, e, na do próprio homem".
O IBF, fundado em 2006, tem como foco de trabalho o apoio ao reflorestamento e a proteção de florestas nativas. Atualmente, o IBF, congrega a maior rede de produção de mudas florestais nativas do Brasil, localizada nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, produzindo mudas de árvores do bioma Mata Atlântica e Cerrado para todo o país.

 
A parceria foi assinada pelo presidente do Instituto Ressoar Ivanildo Lourenço e pelo presidente e fundador do IBF, Solano Aquino. Participaram da cerimônia também o vice-presidente do Ressoar, José Amâncio e o Diretor de Comunicação do IBF, William Aquino. 
Pelo acordo, as duas instituições vão promover em conjunto uma série de ações nos próximos anos que gerem plantio de mudas de árvores por todo o país. Ivanildo lembra que "serão ações de conscientização, de plantio, de educação ambiental, todas voltadas com a finalidade de conseguir efetivamente plantar árvores".
Um dos primeiros projetos é o Plante Árvore Sobre Rodas. O projeto vai fazer um levantamento, do Chuí ao Oiapoque, das condições ambientais de cada cidade e o promover o plantio de árvores. O destaque e grande diferencial do Plante Árvore Sobre Rodas é que todo o percurso será feito de bicicleta, promovendo assim, a conscientização para a redução do CO2 lançado pelos veículos. 
Acompanhe aqui em nosso site as novidades desta grande parceria entre estas duas instituições que acreditam na realização. 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mudanças Climáticas alteram o modo de vida de espécies

Podem levá-las à extinção

A Terra é casa para 20 milhões de espécies, número bem maior se considerarmos as que cientistas nunca conseguiram identificar. Segundo eles, as extinções das espécies são cada vez mais frequentes e podem repercutir na vida do homem.



Podendo pesar mais de 700 kg e medir 2,5 m, a Tartaruga-de-couro é a maior espécie de tartaruga do mundo. Entretanto, o seu tamanho não é suficiente para livrá-la da extinção. Seus padrões de reprodução são extremamente sensíveis ao aumento da temperatura: a areia em muitos lugares está tão quente que os ovos não resistem. E tem mais: é a temperatura da areia que determina o sexo do animal. Ou seja, se a areia onde deixarem seus ovos esquentar demais, mais fêmeas irão nascer, destruindo assim o balanço natural dos gêneros, pondo em risco a reprodução e a própria existência da espécie.

Outro problema é a perda dos ninhos e das áreas de alimentação devido ao aumento do nível do mar. Com tudo isso, o número de animais está diminuindo dramaticamente. Recentemente, a espécie entrou na “lista vermelha” de espécies ameaçadas da International Union for Conservation of Nature – IUCN. De acordo com especialistas, se nenhuma medida for tomada para proteger a Tartaruga-de-couro, esses répteis, que existem por mais de 65 milhões de anos, irão desaparecer ainda em nossa geração.

Mudanças Climáticas e Biodiversidade

A ONU declarou 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade,
com pesquisas que indicam que, 
 
através do aquecimento global, o homem é responsável pela maior extinção da vida selvagem desde a era dos dinossauros, aproximadamente 1/5 de todas as extinções enfrentadas pelos vertebrados, de acordo com a IUCN.

De fato, o papel do aquecimento global nessas transformações é um debate importante. Muitos cientistas acreditam que outros fatores também contribuem, como a caça e pesca ilegal, além do fato de que as consequências das mudanças climáticas acabam sendo intensificadas com a poluição.

As mudanças de temperatura também têm severos impactos nas espécies migratórias. “Ultimamente, você encontra espécies em lugares onde elas nunca existiram antes”, afirma Wendy Foden, do Programa Espécies da IUCN. “Algumas delas estão migrando para regiões mais frias”, continua.

A vida marinha é igualmente afetada, mas os animais têm ainda menos opções de regiões para migrar. O aumento dos níveis de CO2 na atmosfera está mudando os níveis de Ph do oceano, um processo que altera o habitat de muitas espécies. Helen Foden lembra o exemplo do peixe-palhaço: “quando a água está mais ácida que o normal, os peixes-palhaço começam a perder seu olfato”. Como outras espécies, o peixe-palhaço é levado de seus recifes para o mar aberto ainda quando filhotes, e assim usam seu acurado olfato para achar seu caminho de volta. As pequenas larvas dependem do rastro do aroma na água para ajudá-las a localizar o habitat dos adultos.

A ideia é usar a popularidade do peixe-palhaço para conscientizar acerca do impacto das mudanças climáticas nos ecossistemas. “Graças ao filme ‘Procurando Nemo’ todos conhecem o peixe-palhaço”, diz Foden.
Artigo extraído e adaptado de “Threats to biodiversity are costly and widespread“.

 

SBPC: Pesquisadora maranhense apresenta método de recuperação de manguezais


A pesquisadora maranhense Flávia Mochel, do Departamento de Oceanografia e Limnologia, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), mostrou seu método de recuperação de manguezais, durante simpósio, nesta terça-feira, na 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece até sexta-feira (30), em Natal/RN.

Depois de quase vinte anos dedicados à ciência básica, que lhe renderam conhecimentos sobre a dinâmica dos manguezais, a pesquisadora, que é doutora em Geociência, conseguiu desenvolver um processo mais rápido de recuperação dos mangues. Há três anos, ela aplica esse método em uma empresa do Maranhão, Estado que possui 50% da extensão de manguezais do Brasil.
Os propágulos do mangue, que são sementes já germinadas, são coletados em áreas lamosas e alagadas. Em seguida, são cultivados em viveiros, onde recebem acompanhamento constante. Em alguns meses, as plantas são devolvidas aos bosques de mangue. “São ecossistemas complexos e variados e dependem, também, da preservação de estuários, apicuns, planícies de marés, recifes de coral e praias”, destacou a pesquisadora.
Os manguezais brasileiros estendem-se por 6.800 km da costa do país; são os mais desenvolvidos do mundo. “Mas cada bosque de mangue funciona de forma diferente. Somente no Maranhão, existem sete espécies distintas de manguezal”, explicou Mochel.
No momento em que o evento científico levanta discussões sobre “Ciências do Mar”, a pesquisadora alertou para a necessidade de preservação dos mangues, um dos responsáveis, por exemplo, pelo controle do fluxo de marés. “Já conseguimos comprovar que o manguezal evita que o excesso de água avance pelo continente”, afirmou Mochel.
A recuperação de manguezais degradados luta contra a preocupante informação de que os mangues estão sendo destruídos quatro vezes mais rápido do que as demais florestas do mundo. Os impactos ambientais advêm de desmatamentos, canalizações, queimadas e barragens. “As barragens, especialmente, tiram uma quantidade ou modificam a dinâmica de sedimentos que vêm para zona costeira, dos quais os manguezais são dependentes”, ressaltou.
Segundo a pesquisadora, esse ecossistema só consegue cumprir sua função de proteger a costa de problemas como a erosão, assoreamento, enchentes e ventos se houver a manutenção de densidade, espécies e uma faixa extensa de manguezal.
Além dos bens e serviços ambientais, com a biodiversidade e o patrimônio genético, os manguezais têm um papel importante na dieta humana. “Mais de 100 mil famílias maranhenses vivem do recurso do caranguejo. A perda desse patrimônio não é só uma perda ambiental, mas econômica, social e de proteção alimentar”, concluiu.
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Guarda-chuva ecológico é feito a partir de plástico reciclado


O guarda-chuva ecológico, comercializado pela americana Green Home, tem cada um de seus componentes feitos a partir de materiais reciclados. Depois de triturados, os plásticos reciclados são aquecidos para que as fibras de tecido sejam produzidas.

Do ponto de vista ambiental, o plástico é um grande problema. Seu baixo custo de produção e sua durabilidade transformam esse material em um insumo amplamente consumido em todo o mundo.

O maior problema do plástico é o fato de ter como matéria-prima, o petróleo, que é um combustível fóssil não-renovável, altamente poluente quando queimado ou derramado, e tóxico, quando inalado ou ingerido.

Como agravante, a biodegradabilidade da maioria dos plásticos é muito lenta. Por isso, enquanto não inventam um material para substituí-lo integralmente, é muito importante reciclá-lo.

Usar o plástico reciclado significa cooperar com a diminuição da poluição atmosférica. Além disso, a reciclagem cria um produto não venenoso, seguro e de alta qualidade.

O cabo do guarda-chuva ecológico é composto em 65% de madeira fragmentada e sua estrutura é toda de aço permeável, substituindo o plástico. Até mesmo o descarte desse guarda-chuva é menos prejudicial ao meio ambiente, já que, quando a decomposição da madeira em tiras demora de duas a três semanas.

Estudante americana reaproveita chapas de raio-x para fazer guarda-chuva


A estudante de designer industrial da Universidade da Filadélfia, Anastacia Spada, que também estudou design em Milão na Itália e foi professora de arte na Filadélfia; criou um guarda-chuva conceito desenvolvido a partir do reaproveitamento de itens que certamente iriam para o lixo.
O guarda-chuva criado por ela é composto de folhas impermeáveis feitas de filmes de raio-x esquelético e é adequado para suportar com eficiência os dias chuvosos.

O projeto foi criado para uma tarefa, em que os participantes deveriam encontrar objetos que normalmente são descartados, e propor a eles um novo uso. Os trabalhos foram publicados em uma revista, juntamente com as instruções para que os leitores pudessem entender o a ideia.

A criação não se trata apenas de um abrigo eficiente para os dias de chuva, mas sim de conseguir proporcionar essa segurança de uma maneira diferente e descontraída. Com esse conceito de guarda-chuva, desenvolvido por Anastacia, o usuário tem algo mais legal de se olhar do que o nylon tradicional dos sombreiros.

A ideia da estudante é incentivar outras pessoas a reutilizarem o guarda-chuva velho e os raios-x para criarem seus próprios acessório. Apesar de não ser difícil de montar nem demorado, talvez seja difícil colecionar chapas de radiografias suficientes para produzir um guarda-chuva. O esforço pode valer a pena, já que essas chapas têm uma vida útil bem grande, além do que demorariam anos para se decompor se fossem descartada em lixões comuns.

Votação do Código Florestal fica para 2011



Votação do Código Florestal fica para 2011
Ficou para 2011 a votação ,  na Câmara dos Deputados, do relatório que propõe alterações no Código Florestal Brasileiro. A mobilização do Partido Verde, do PSol, da Frente Parlamentar Ambientalista e das entidades de defesa do meio ambiente foi fundamental para vencer a pressão da bancada ruralista e evitar a votação.
"A opção por tratorar a pauta da Câmara dos Deputados para impor a votação dessas propostas, que mudam o código atendendo apenas os ruralistas, mostrou-se uma opção equivocada. Nem o regime de urgência conseguiram aprovar", avaliou o líder do PV, deputado <span>Edson Duarte (BA).
O parlamentar disse que tentou costurar um acordo na busca de pontos consensuais para avançar na discussão da proposta. "Nós ambientalistas sempre defendemos o entendimento e achamos que alguns pontos do Código Florestal precisam ser revistos, mas não precisa ser desmontado para atender os que preferiram agir fora da lei. O que eles querem é adequar a lei aos ilegais e isso não é correto", afirmou Edson Duarte.
Para os verdes o relatório leva ao aumento do desmatamento, à redução de áreas protegidas, a anistia aos infratores da lesgialação ambiental, em detrimento daqueles que sempre a respeitaram.

Liderança do Partido Verde
Assessoria de Imprensa

Site de busca Greengle contribui para o plantio de árvores

A partir de hoje é possível plantar árvores enquanto se trabalha e navega na internet usando o Greengle, site de buscas sem fins lucrativos que tem o objetivo de ajudar o meio ambiente.
Os resultados das pesquisas realizadas no Greengle são exatamente como os do Google (que é usado como o motor de busca do Greengle), mas com uma diferença: todos os acessos ao Greengle contribuem para o plantio de árvores.

O Greengle faz parte do projeto "Clicou, plantou", ambos iniciativa do Greenvana, empresa que já é referência em comportamento e consumo consciente no Brasil. O novo site e o projeto têm como objetivo incentivar a sociedade a participar frequentemente da proteção ambiental sem ter que mudar sua rotina ou tirar dinheiro do bolso. O Greengle foi idealizado exatamente para facilitar essa ação, pois o usuário que fizer dele seu buscador oficial estará contribuindo diariamente para a preservação do meio ambiente com o plantio de árvores.

O "Clicou, plantou" reúne todos os sites do Greenvana e a cada seis mil acessos ao Greengle, a empresa planta uma árvore. E para acompanhar toda essa iniciativa, contadores nos sites vão marcar quantas árvores já foram plantadas e quantos acessos faltam para o plantio de uma nova. O projeto vai contabilizar apenas um acesso diário por pessoa.

O plantio das árvores será feito por instituições reconhecidas e anunciadas ao final de cada mês. Será sempre uma organização confiável e comprometida com o meio ambiente. E para comprovar esses plantios, o Greenvana vai disponibilizar os recibos de todas as doações nos seus três sites.

A empresa decidiu investir em árvores pois elas ajudam a compensar emissões de gases estufa. Segundo o Banco da Árvore, uma árvore de grande porte, com 90cm de diâmetro por 30m de altura, pode estocar cerca de 6 toneladas de carbono – o que corresponde a mais de 20 toneladas de CO2, o equivalente à média de emissões de 33 pessoas por ano.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Transformando placas de trânsito em móveis criativos

15 de dezembro de 2010 | Nas Categorias: Design Sustentável
 
 
O Designer Tim Delner´s transforma placas de sinalização de trânsito em móveis. O resultado é super interessante, confira as fotos.



Silvestre Não é Pet - 1/3 - Campanha WSPA Brasil

SOS Mata Atlântica (Xixi no Banho)

SOS Mata Atlântica | Xixi no banho


Confira o filme Gotinhas, criado pela F/Nazca S&S para SOS Mata Atlântica, que faz parte da campanha Xixi no Banho, e tem como objetivo divulgar o “Viva a Mata”, evento que acontecerá de 22 a 24 de maio, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, e também alcançar uma economia de até 4.380 mil litros de água por ano, incentivando que as pessoas façam xixi no banho.


A ação conta ainda com o site www.xixinobanho.org.br, muito bem feito e cheio de animações sobre o consumo de água, mídia impressa, spots de rádio e mídia exterior. Abaixo o filme, que eu, particularmente, gostei bastante do áudio.


Os 5 Animais que mais Reciclam.

 
 Enquanto os seres humanos insistem em jogar lixo no chão, resíduos recicláveis no compartimento de não recicláveis e também o contrário, certos animais fazem, naturalmente, um belo trabalho de reciclagem. É de se questionar quem é mesmo a espécie mais evoluída por aqui.
 
São eles, do quinto para o primeiro:
 
5º   Esponjas – a espécie Halisarca caerulea cresce em cavidades escuras e profundas de recifes de corais e, segundo os cientistas do Royal Netherlands Institute for Sea Research, consomem carbono orgânico dissolvido na água em quantidade equivalente à metade de seu próprio peso, por dia. Elas utilizam esse carbono para produzir novas células – os coanócitos – que alimentam outros habitantes do mesmo recife. Isso significa que elas transformam energia perdida em alimento.
 
4º Aranhas – espécies que constroem teias arredondadas, como a Cyclosa ginnaga, as decoram com pedacinhos de folhas, pequenos galhos e outros resíduos de plantas e adicionam penugens e fios de seda para criar uma verdadeira obra prima para atrair suas presas.
 
3º Elefantes – são eles os responsáveis por comer as árvores de Natal antigas. Segundo Jeniffer Viegas, a prática está cada vez mais comum em diversos zoológicos ao redor do mundo.
 
2º  Pássaros – usam desde gazes até fios de cabelo, passando por bolas de pêlo de gatos em seus ninhos e provam que os resíduos de uns podem ser matéria-prima para outros.
 
1º  Escaravelhos – Algumas espécies de besouros não só moram no cocô como também se alimentam dele. Impossível ganhar desses bichos no quesito reciclaglem!
 
Fotos: (NOAA; Daiqin Lee; Thure Cerling, University of Utah; Wikimedia Commons; National Park Service, Tom Kopp)
Fonte: Planeta Sustentável http://super.abril.com.br/blogs/planeta/os-cinco-animais-que-mais-reciclam/

Hábitos Ecológicos



Que tal rever alguns hábitos para reduzir sua parcela de responsabilidade pelo desequilíbrio no efeito estufa da Terra? Nesta semana foram divulgados os resultados do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), o mais importante estudo climático do planeta capitaneado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O levantamento trouxe perspectivas preocupantes em relação ao futuro do nosso planeta. Toda atitude nessa direção é bem-vinda. Abaixo uma lista de sugestões para usar os recursos do planeta de maneira mais consciente:

1- Leve uma sacola para fazer as compras do supermercado e da feira

Levando sua própria embalagem – que pode ser uma mochila ou uma sacola de pano – você evita o desperdício de sacos plásticos e reduz a quantidade de lixo produzido na sua casa.

2- Prefira produtos naturais aos industrializados sempre que possível

Para a fabricação de produtos, as indústrias consomem grandes quantidades de energia e jogam toneladas de CO2 na atmosfera. Produtos naturais já vêm prontos “de fábrica”, sem custos ambientais exorbitantes.

3- Valorize o trabalho de cooperativas agrícolas e artesanais

As cooperativas de artesanato são outra boa opção de consumo consciente. Para decorar sua casa, visite lojas especializadas em artesanato regional. Há muitos artistas que trabalham com materiais naturais, reciclados ou reaproveitados, inclusive com a consultoria de designers renomados.
Em todo o Brasil, já existem produtores de alimentos orgânicos que, graças à união em cooperativas, conseguem manter uma escala de produção que possibilita a sustentabilidade de suas famílias. Sem agrotóxicos, os alimentos são mais saudáveis para quem consome e também para quem produz.

4- Feche a torneira ao lavar a louça

Em 15 minutos, uma pessoa gasta mais de 240 litros de água na lavagem de louças. A dica é fechar a torneira, ensaboar as peças e só então abrir para enxaguá-las. Assim, o consumo cai para 20 litros de água. Além disso, considere diminuir o tempo do banho e fechar a torneira do lavatório ao escovar os dentes. Metais e louças sanitários que economizam água também são boas opções. Instalar arejadores nas torneiras da cozinha e dos banheiros – um acessório bem baratinho – pode gerar uma economia de até 60%. 

5- Prefira eletrodomésticos com selo Procel

O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) foi criado pelo governo para ajudar o consumidor a escolher os produtos que apresentam alta eficiência energética. Veja a lista de produtos com o selo Procel.
Outras dicas importantes: nada de deixar a TV ligada à toa, ficar horas no chuveiro ou demorar uma eternidade em frente à porta da geladeira para escolher o que comer. Use a energia com responsabilidade. Sempre que possível, dê preferência às lâmpadas fluorescentes compactas.

6- Separe o lixo orgânico dos materiais que podem ser reciclados

Em casa, bastam duas lixeiras para você colaborar com o planeta. Numa delas, coloque o lixo orgânico (restos de comida) e na outra, os materiais que podem ser destinados à reciclagem: plásticos, papéis, metais e vidros. Assim, você evita a sobrecarga nos aterros sanitários e reduz o consumo de mais matéria-prima para a fabricação de novos produtos.

7- Na obra, dê preferência aos materiais ecológicos

Para construir ou reformar sua casa, pense nas opções menos agressivas ao ambiente. Há várias tipos de produtos e até lojas especializadas no assunto. Veja as listas de produtos e profissionais que preparamos especialmente para você.

8- Reutilize a água da chuva e da máquina de lavar

Se você mora em casa, reaproveite a água da lavagem das roupas para limpar a garagem, a varanda e o quintal. Você também pode armazenar a água da chuva que escorre pelas calhas para usar na limpeza das áreas externas.

9- Plante árvores

No quintal, em canteiros ou em vasos, as árvores têm o poder de “seqüestrar” carbono da atmosfera, evitando o acúmulo excessivo do gás e retardando os efeitos do aquecimento global.

10- Deixe o carro em casa mais vezes durante a semana

Os combustíveis fósseis são um dos principais vilões do aquecimento global. Por isso, usar menos o carro é um excelente hábito ecológico que você adquirir. Uma dica para isso é caminhar pelo bairro e aproveitar os serviços disponíveis pertinho da sua casa.

FONTE:  EDITORA ABRIL.

Desafios Ecológicos do Fim do Milênio

Leonardo Boff

“O bem-estar não pode ser só social, tem de ser também sociocósmico” Leonardo Boff
Ernst Haeckel, biólogo alemão (1834-1919), criou em 1866 a palavra ecologia e definiu o seu significado: o estudo do inter-retrorelacionamento de todos os sistemas vivos e não-vivos entre si e com seu meio ambiente. De um discurso regional como subcapítulo da biologia, passou a ser atualmente um discurso universal, quiçá de maior força mobilizadora na virada do milênio.
Na pletora de propostas, queremos apresentar, como numa leitura de cegos, os elementos mais relevantes da discussão atual.
Ela se dá em quatro grandes vertentes: a ecologia ambiental, a ecologia social, a ecologia mental e a ecologia integral.

Ecologia ambiental



Esta primeira vertente se preocupa com o meio ambiente, para que não sofra excessiva desfiguração, com qualidade de vida e com a preservação das espécies em extinção. Ela vê a natureza fora do ser humano e da sociedade. Procura tecnologias novas, menos poluentes, privilegiando soluções técnicas. Ela é importante porque procura corrigir os excessos da voracidade do projeto industrialista mundial, que implica sempre custos ecológicos altos.
Se não cuidarmos do planeta como um todo, podemos submetê-lo a graves riscos de destruição de partes da biosfera e, no seu termo, inviabilizar a própria vida no planeta.

Ecologia social

 
A segunda _a ecologia social_ não quer apenas o meio ambiente. Quer o ambiente inteiro. Insere o ser humano e a sociedade dentro da natureza. Preocupa-se não apenas com o embelezamento da cidade, com melhores avenidas, com praças ou praias mais atrativas. Mas prioriza o saneamento básico, uma boa rede escolar e um serviço de saúde decente. A injustiça social significa uma violência contra o ser mais complexo e singular da criação que é o ser humano, homem e mulher. Ele é parte e parcela da natureza.
A ecologia social propugna por um desenvolvimento sustentável. É aquele em que se atende às carências básicas dos seres humanos hoje sem sacrificar o capital natural da Terra e se considera também as necessidades das gerações futuras que têm direito à sua satisfação e de herdarem uma Terra habitável com relações humanas minimamente justas.
Mas o tipo de sociedade construída nos últimos 400 anos impede que se realize um desenvolvimento sustentável. É energívora, montou um modelo de desenvolvimento que pratica sistematicamente a pilhagem dos recursos da Terra e explora a força de trabalho.
No imaginário dos pais fundadores da sociedade moderna, o desenvolvimento se movia dentro de dois infinitos: o infinito dos recursos naturais e o infinito do desenvolvimento rumo ao futuro. Esta pressuposição se revelou ilusória. Os recursos não são infinitos. A maioria está se acabando, principalmente a água potável e os combustíveis fósseis. E o tipo de desenvolvimento linear e crescente para o futuro não é universalizável. Não é, portanto, infinito. Se as famílias chinesas quisessem ter os automóveis que as famílias americanas têm, a China viraria um imenso estacionamento. Não haveria combustível suficiente e ninguém se moveria.
Carecemos de uma sociedade sustentável que encontra para si o desenvolvimento viável para as necessidades de todos. O bem-estar não pode ser apenas social, mas tem de ser também sociocósmico. Ele tem que atender aos demais seres da natureza, como as águas, as plantas, os animais, os microorganismo, pois todos juntos constituem a comunidade planetária, na qual estamos inseridos, e sem os quais nós mesmos não viveríamos.

 Ecologia mental



 A terceira, a ecologia mental, chamada também de ecologia profunda, sustenta que as causas do déficit da Terra não se encontram apenas no tipo de sociedade que atualmente temos. Mas também no tipo de mentalidade que vigora, cujas raízes alcançam épocas anteriores à nossa história moderna, incluindo a profundidade da vida psíquica humana consciente e inconsciente, pessoal e arquetípica.
Há em nós instintos de violência, vontade de dominação, arquétipos sombrios que nos afastam da benevolência em relação à vida e à natureza. Aí dentro da mente humana se iniciam os mecanismos que nos levam a uma guerra contra a Terra. Eles se expressam por uma categoria: a nossa cultura antropocêntrica. O antropocentrismo considera o ser humano rei/rainha do universo. Pensa que os demais seres só têm sentido quando ordenados ao ser humano; eles estão aí disponíveis ao seu bel-prazer. Esta estrutura quebra com a lei mais universal do universo: a solidariedade cósmica. Todos os seres são interdependentes e vivem dentro de uma teia intrincadíssima de relações. Todos são importantes.
Não há isso de alguém ser rei/rainha e considerar-se independente sem precisar dos demais. A moderna cosmologia nos ensina que tudo tem a ver com tudo em todos os momentos e em todas as circunstâncias. O ser humano esquece esta realidade. Afasta-se e se coloca sobre as coisas em vez de sentir-se junto e com elas, numa imensa comunidade planetária e cósmica. Importa recuperarmos atitudes de respeito e veneração para com a Terra.
Isso somente se consegue se antes for resgatada a dimensão do feminino no homem e na mulher. Pelo feminino o ser humano se abre ao cuidado, se sensibiliza pela profundidade misteriosa da vida e recupera sua capacidade de maravilhamento. O feminino ajuda a resgatar a dimensão do sagrado. O sagrado impõe sempre limites à manipulação do mundo, pois ele dá origem à veneração e ao respeito, fundamentais para a salvaguarda da Terra. Cria a capacidade de re-ligar todas as coisas à sua fonte criadora que é o Criador e o Ordenador do universo. Desta capacidade re-ligadora nascem todas as religiões. Precisamos hoje revitalizar as religiões para que cumpram sua função religadora.

Ecologia integral



Por fim, a quarta – a ecologia integral – parte de uma nova visão da Terra. É a visão inaugurada pelos astronautas a partir dos anos 60 quando se lançaram os primeiros foguetes tripulados. Eles vêem a Terra de fora da Terra. De lá, de sua nave espacial ou da Lua, como testemunharam vários deles, a Terra aparece como resplandecente planeta azul e branco que cabe na palma da mão e que pode ser escondido pelo polegar humano.
Daquela perspectiva, Terra e seres humanos emergem como uma única entidade. O ser humano é a própria Terra enquanto sente, pensa, ama, chora e venera. A Terra emerge como o terceiro planeta de um Sol que é apenas um entre 100 bilhões de outros de nossa galáxia, que, por sua vez, é uma entre 100 bilhões de outras do universo, universo que, possivelmente, é apenas um entre outros milhões paralelos e diversos do nosso. E tudo caminhou com tal calibragem que permitiu a nossa existência aqui e agora. Caso contrário não estaríamos aqui. Os cosmólogos, vindos da astrofísica, da física quântica, da biologia molecular, numa palavra, das ciências da Terra, nos advertem que o inteiro universo se encontra em cosmogênese. Isto significa: ele está em gênese, se constituindo e nascendo, formando um sistema aberto, sempre capaz de novas aquisições e novas expressões. Portanto ninguém está pronto. Por isso, temos que ter paciência com o processo global, uns com os outros e também conosco mesmo, pois nós, humanos, estamos igualmente em processo de antropogênese, de constituição e de nascimento.
Três grandes emergências ocorrem na cosmogênese e antropogênese: (1) a complexidade/diferenciação, (2) a auto-organização/consciência e (3) a religação/relação de tudo com tudo. A partir de seu primeiro momento, após o Big-Bang, a evolução está criando mais e mais seres diferentes e complexos (1). Quanto mais complexos mais se auto-organizam, mais mostram interioridade e possuem mais e mais níveis de consciência (2) até chegaram à consciência reflexa no ser humano. O universo, pois, como um todo possui uma profundidade espiritual. Para estar no ser humano, o espírito estava antes no universo. Agora ele emerge em nós na forma da consciência reflexa e da amorização. E, quanto mais complexo e consciente, mais se relaciona e se religa (3) com todas as coisas, fazendo com que o universo seja realmente uni-verso, uma totalidade orgânica, dinâmica, diversa, tensa e harmônica, um cosmos e não um caos.
As quatro interações existentes, a gravitacional, a eletromagnética e a nuclear fraca e forte, constituem os princípios diretores do universo, de todos os seres, também dos seres humanos. A galáxia mais distante se encontra sob a ação destas quatro energias primordiais, bem como a formiga que caminha sobre minha mesa e os neurônios do cérebro humano com os quais faço estas reflexões. Tudo se mantém religado num equilíbrio dinâmico, aberto, passando pelo caos que é sempre generativo, pois propicia um novo equilíbrio mais alto e complexo, desembocando numa ordem, rica de novas potencialidades.

Uma visão libertadora



A ecologia integral procura acostumar o ser humano com esta visão global e holística. O holismo não significa a soma das partes, mas a captação da totalidade orgânica, una e diversa em suas partes, mas sempre articuladas entre si dentro da totalidade e constituindo esta totalidade. Esta cosmovisão desperta no ser humano a consciência de sua funcionalidade dentro desta imensa totalidade. Ele é um ser que pode captar todas estas dimensões, alegrar-se com elas, louvar e agradecer aquela Inteligência que tudo ordena e aquele Amor que tudo move, sentir-se um ser ético, responsável pela parte do universo que lhe cabe habitar, a Terra.
Ela, a Terra, é, segundo notáveis cientistas, um superorganismo vivo, denominado Gaia, com calibragens refinadíssimas de elementos físico-químicos e auto-organizacionais que somente um ser vivo pode ter. Nós, seres humanos, podemos ser o satã da Terra, como podemos ser seu anjo da guarda bom. Esta visão exige uma nova civilização e um novo tipo de religião, capaz de re-ligar Deus e mundo, mundo e ser humano, ser humano e a espiritualidade do cosmos.
O cristianismo é levado a aprofundar a dimensão cósmica da encarnação, da inabitação do espírito da natureza e do panenteísmo, segundo o qual Deus está em tudo e tudo está em Deus.
Importa fazermos as pazes e não apenas uma trégua com a Terra. Cumpre refazermos uma aliança de fraternidade/sororidade e de respeito para com ela. E sentirmo-nos imbuídos do Espírito que tudo penetra e daquele Amor que, no dizer de Dante, move o céu, todas as estrelas e também nossos corações. Não cabe opormos as várias correntes da ecologia. Mas discernirmos como se complementam e em que medida nos ajudam a sermos um ser de relações, produtores de padrões de comportamentos que tenham como consequência a preservação e a potenciação do patrimônio formado ao longo de 15 bilhões de anos e que chegou até nós e que devemos passá-lo adiante dentro de um espírito sinergético e afinado com a grande sinfonia universal.